Engana-se quem pensa que as festas em homenagem a São Sebastião acontecem apenas no centro histórico de São João del-Rei, onde o "Guerreiro de Cristo", desde o início do século XVIII, tem altar na igreja do Pilar, é celebrado com uma novena e sai às ruas em procissão, no dia 20 de janeiro. No coração colonial são-joanense, ele também tem um nicho lateral ao altar-mor da Capela do Divino Espírito Santo e, ainda, em uma peanha do altar lateral direito da igreja das Mercês.
Em outras partes da cidade, e até do município, o santo protetor contra a peste, a fome e a guerra também é querido e festejado. Um dos mais antigos distritos de São João del-Rei, por exemplo, chama-se São Sebastião da Vitória e certamente também realiza algum festejo em honra do santo, está presente no distrito do Rio das Mortes, em imagem no altar da igreja de Santo Antonio, onde a beata são-joanense Nhá Chica foi batizada. E na urbana Paróquia de Matosinhos, a Comunidade de São Sebastião presta-lhe calorosa prova de sua devoção.
São quatro dias animados, de 21 a 24 de janeiro, quando os devotos provam sua fé ao quarteto ali formado pelo Santo Mártir, juntamente com os santos negros São Benedito e Santa Efigênia e com Nossa Senhora do Rosário. Alvorada festiva, levantamento de mastros e bandeiras, barraquinhas, missas, cortejos solenes, apresentação de grupos de congadeiros e uma procissão, em ruas e casas enfeitadas. É assim que aquela comunidade expressa sua fé, sua esperança e sua gratidão àqueles santos que fazem parte de seu cotidiano, regando dias e noites com orvalho de bondade e harmonia, iluminando sorrisos que brotam da alma e afastando para longe perigos e preocupações.
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