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Mostrando postagens de 2016

Santa Clara, clareai minha São João del-Rei!

São João del-Rei é um lugar onde o viver feliz requer, dia e noite, céu aberto. Suas ruas estreitas e sinuosas, seus becos, jardins e largos são palcos públicos onde desde sempre tudo acontece, para todos. O entusiasmo, a vitalidade e a alegria dos são-joanenses precisam de céu limpo para se materializar como procissões, desfiles de carnaval, cortejos, concertos, serenatas, cinema,teatro, recitais e retretas - tudo ao ar livre. Antigamente, nos tempos românticos que duraram até os anos setenta, era comum as pessoas ficarem nas janelas ou sentadas na calçada ou soleira da porta de suas casas, olhando o tempo e a vida passar. Algumas vezes por dia iam dar uma volta na rua, para comprar a verdura e a carne do almoço, encontrar com os conhecidos, ler o Jornal do Poste, saber quem morreu ou se internou e mandar lembrança para os amigos. Tudo a céu aberto. Podiam até levar sombrinha ou guarda-chuva, tanto se prevenindo de algum aguaceiro quanto se protegendo do sol forte. Dor de cabeç

Irmandade dos Passos homenageou, com um belo monumento, os irmãos finados

Entre os vários territórios de lembrança, cultura e memória de São João del-Rei, os cemitérios estão em toda parte, sempre à vista, lembrando a todos que o tempo é breve e a existência passageira. É isto o que dizem seus portões, dísticos, símbolos e iconografias. Este ano, o Cemitério da Irmandade do Senhor Bom Jesus dos Passos, ou Cemitério dos Passos, como é chamado na intimidade, ganhou um novo monumento: um Cristo carregando a cruz, sobre uma base de mármore, onde estão em baixo relevo os estigmas da Paixão, que é o escudo-brasão da Irmandade, e o nome daquele campo santo. O Cemitério dos Passos, aliás, tem o mais antigo monumento funerário do Cemitério da Matriz do Pilar, que fica no alto da Muxinga e é dividido em cinco partes, cada uma pertencente às irmandades do Santíssimo Sacramento, Senhor dos Passos, São Miguel e Almas, Nossa Senhora da Boa Morte e Santo Antônio. Trata-se de uma sepultura erigida no começo do século XX, em mármore branco, com belos relevos e uma co

Irmandade dos Passos homenageia, com um belo monumento, os irmãos finados

Entre os vários territórios de lembrança, cultura e memória de São João del-Rei, os cemitérios estão em toda parte, sempre à vista, lembrando a todos que o tempo é breve e a existência passageira. É isto o que dizem seus portões, dísticos, símbolos e iconografias. Este ano, o Cemitério da Irmandade do Senhor Bom Jesus dos Passos, ou Cemitério dos Passos, como é chamado na intimidade, ganhou um novo monumento: um Cristo carregando a cruz, sobre uma base de mármore, onde estão em baixo relevo os estigmas da Paixão, que é o escudo-brasão da Irmandade, e o nome daquele campo santo. O Cemitério dos Passos, aliás, tem o mais antigo monumento funerário do Cemitério da Matriz do Pilar, que fica no alto da Muxinga e é dividido em cinco partes, cada uma pertencente às irmandades do Santíssimo Sacramento, Senhor dos Passos, São Miguel e Almas, Nossa Senhora da Boa Morte e Santo Antônio. Trata-se de uma sepultura erigida no começo do século XX, em mármore branco, com belos relevos e uma co

Ah! Estes doces e inocentes mistérios de São João del-Rei...

Em São João del-Rei, os santos são amigos. Gostam de se encontrar, de conversar e matar a saudade, nem que para isso seja preciso se desculpar com o bispo, desobedecer o pároco, contrariar as irmandades e até mesmo a vontade do povo, como às vezes acontece. Quando resolvem colocar debaixo do braço auréolas e santidades, para sair do sério, basta apenas a oportunidade de uma procissão. Nestes dias, esperam somente o cortejo atravessar um largo e dobrar duas ou três esquinas para rapidamente recolherem do céu as estrelas e jogarem das nuvens um bom pé-d'água. Pode ser até que ele passe depois de alguns minutos, mas até que isto aconteça, o  povaréu já se dispersou. As irmandades encurtaram o caminho e os ilustres carregadores do andor, de lanternas e do pálio protetor da autoridade eclesiástica tomaram o rumo da igreja mais próxima, onde o santo - que estava a passear em procissão pelo centro histórico, ao som da banda e dos sinos - passará a noite. Lá, ele se juntará a ou

Nossas Senhoras de São João del-Rei. A doce e suave matrona Conceição

Continuando nas "Breves invocações / de quem nada merece / a quem oferece tudo" , do folheto Exposição Mariana, produzido pela Paróquia do Pilar de São João del-Rei, na Semana Santa de 1995, aproveitando que hoje é dia de São Francisco, assim clamou o poeta Jota Dângelo à Nossa Senhora da Conceição, a quem muito recorria o santo de Assis: Nossa Senhora da Conceição Que eu não precise, Senhora, invocar-te em oração. Que tudo o que eu diga e faça seja a minha invocação. Senhora, Senhora minha, Senhora da Conceição. ......................... Imagem recolhida da internet ( https://www.youtube.com/watch?v=e3D6FdUofX4)

Nossa Senhora do Rosário: com terço de contas e rosas, a grande Matriarca de São João del-Rei

Se Nossa Senhora do Pilar, vinda com os brancos, bandeirantes, desaforados e opressores, é a padroeira de São João del-Rei, Nossa Senhora do Rosário, que veio com os negros - com os cativos, com os escravos, com os libertos e com os livres - é a matriarca desta terra. Sua corte na cidade começou oficialmente em 1708, quando a territorialidade são-joanense não passava de um arraial. A Irmandade do Rosário de São João del-Rei, uma das três mais antigas do Brasil e a pioneira de Minas Gerais, talvez seja a primeira instituição de direito civil, privado e religioso constituída na Comarca do Rio das Mortes. Documentos e datas não mentem. O orgulho dos irmãos do Rosário também não. Sua igreja foi das primeiras edificadas no Arraial Novo de Nossa Senhora do Pilar do Rio das Mortes, numa situação geográfica que  ostenta sua expressão e seu significado na sociedade daquela época dourada e colonial. Também festejada no mês de outubro, porém durante todos os trinta e um dias, é aquela a qu

Nossas Senhoras de São João del-Rei - No Pilar, desde sempre, a Padroeira

Por mais que às vezes deseje estar em silêncio e sozinho, o são-joanense traz sempre alguém consigo, que o acompanha e com quem conversa. Homem ou mulher, criança ou velho, rico ou pobre, nas piores tristezas ou nas mais felizes horas, mudos ou ruidosos, sempre exclamam: Nossa Senhora! Por economia ou discreção, pode ser apenas Nossa! e, dependendo do susto ou do aperto, se resume a uma sílaba: Nó! Tão poucas letras, tamanha é a pressa, a infinita surpresa, o desmedido susto,o sufocante aperto, a desmesurada aflição. Aliás, Nossa Senhora é madrinha de São João del-Rei. Em seu pilar, veio para cá nos oratórios dos bandeirantes portugueses, no comecinho dos anos setecentos. Viu o arraial transformar-se em vila e teve que proteger o povo das furiosas chamas paulistas e emboabas. Dizem que salvou até as imagens de São Sebastião e São Miguel Arcanjo que, antes na incendiada capela do Morro da Forca, agora habitam a Matriz do Pilar. O tempo todo Nossa Senhora é festejada em São João d

A fé floresce orquídeas e esperanças nos quintais para os altares de São João del-Rei

O mundo é pequeno, o tempo é pouco, a existência é breve e a eternidade é insuficiente para a dinâmica cultural de São João del-Rei, sempre em enriquecedora evolução. Mesmo quando e do que não se imagina, tradições surgem silenciosas no limiar do sonho, no lusco-fusco da aurora, do orvalho sereno do fundo dos quintais, no silêncio madrugoso das almas, atravessa sentimentos e refulge na fé, ostentando-se em altares,  oratórios e olhares. É isto o que, há dois anos, vem acontecendo nos dias 14 e 15 de setembro, para eternizar a lembrança do Dia de Santa Cruz e o Dia de Nossa Senhora das Dores, na Matriz do Pilar, e o Dia de Bom Jesus do Perdão, na igreja das Mercês. Estas datas há séculos já fazem parte do calendário religioso da cidade, mas na Paróquia do Pilar eram celebradas com discrição contrita em pregação modesta, na missa noturna que acontecia nas duas igrejas. A grande celebração acontecia na Paróquia de Matosinhos, onde até hoje a comunidade, relembrando uma tradição do séc

Quanto encanto na Festa de Passos de São João del-Rei

Nesta sexta-feira, que é a quarta da Quaresma, começa em São João del-Rei uma era muito profunda, quase ancestral, que, porém, dura não mais do que três dias: a Sexta-Feira das Dores, o Sábado de Passos e o Domingo do Encontro. Os são-joanenses nativos ou adotivos, sabem de cor do que se trata, mas muita gente que é de outros lugares certamente não reconhecem em seu universo o sentido que tem aqui o quarto final de semana depois do Carnaval. Em São João del-Rei vive-se nestes dias, com grande liturgia, sentimentos e sensações, uma das mais emocionantes cenas da Paixão de Cristo. O Encontro de Jesus  coroado de espinhos, e todo machucado,carregando uma grande cruz nas costas, com sua mãe serenamente desolada, cujo coração foi transpassado por quatro espadas de prata. Tudo remonta ao século XVIII. Das imagens e andores, ora enfeitados com manjericão, ora com hortências e orquídeas, até a rosmaninha cheirosa espalhada pelo chão das igrejas barrocas. Do incenso que enfumaça

Em São João, o Céu desce ao chão, Domingo de Passos, na procissão

Faltam menos de duas semanas para o Domingo de Passos, um dos dias mais belamente impactantes da religiosidade de São João del-Rei. Com suas rasouras, missas cantadas, adoração da Cruz, oque de sinos enfeitados com penachos de papel crepom, procissão do Encontro, canto dos motetos sacros e sermões, é uma tradição grandiosa e singular de nossa cidade e, pela riqueza de sua autenticidade barroca, não encontra similar tão genuína, original, tocante e expressiva em outras partes do mundo. Muito amada pelos são-joanenses, a Festa de Passos é um dos orgulhos de São João del-Rei. Uma das faces mais bonitas da Festa de Passos é a legião dos anjinhos, com a delicadeza e a inocência das crianças, algumas muito pequenas, às vezes até carregadas no colo,  vestidas com túnicas de cetim claro, coroa de flores miúdas e até com asas. Mas acontece de alguns anos o número de crianças vestidas de anjo ser menor, principalmente porque a Festa de Passos é a primeira grande celebração da Semana Santa

São João del-Rei e suas esquinas. São João del-Rei e suas sinas. São João del-Rei & outras Minas!

A escolha do nome São João del-Rei, dedicando a Vila erigida em 1713 em honra ao faustoso Rei Sol Português D. João V, selou para a cidade um destino luminoso. A cidade reluz como ouro, brilha como o astro-rei, pulsa como um coração apaixonado, sopra como uma brisa suave, murmura como a confessar um carinhoso segredo de amor. São João del-Rei é festa, é luz, é música, é arte, é vida, é devoção, é gozo. São João del-Rei é inspiração. Tanto é assim que no ano passado a cidade ganhou parte do título de um livro e vários poemas do escritor Nelson Di Francesco, paulista da capital do estado bandeirante, apaixonado por São João del-Rei desde que aqui veio pela primeira vez, há coisa de dez anos. A obra, chamada São João d'El-Rey e outras Minas , foi lançada em 2015 e reúne poemas, crônicas, reflexões poéticas, pensamentos, sentimentos e percepções do autor sobre o universo histórico-barroco destas coloniais cidades alterosas, visto e sentido, principalmente, a partir desta terra de

Sinos de São João del-Rei desobedecem Rei Momo e tocam até no Carnaval!

Carnaval ou não, todo domingo de manhã, de vários pontos da cidade  se ouve os sinos da igreja do Carmo chamando os fiéis para a missa,  tradicionalmente, com este sofisticado concertinho sonoro: ............................................................................... Texto e foto: Antonio Emilio da Costa

No Carnaval de São João del-Rei o bloco Cordão da Zona concentra, mas sai!

Mesmo quando não tem o glamouroso desfile dos blocos carnavalescos oficiais e das tradicionais escolas de samba, o Carnaval de São João del-Rei é bastante animado. Principalmente à tarde e à noite, os blocos espontâneos agitam os mais diversos pontos da cidade, mas se concentram principalmente nas ruas, praças do centro histórico, onde as paredes dos casarões, apertando os becos e cercando largos, dão ainda mais movimento e agito ao mar de gente, fazendo o canto, o batuque, as marchinhas tocadas pelas bandas de sopro e o som elétrico ecoarem ladeiras acima e abaixo. Não tem cetim, lantejoula, pluma, pedraria, confete nem serpentina, mas o improviso - mais parecido com descontraído de todo dia - tem no conforto e liberdade duas de suas grandes vantagens. Por outro lado, há pouca cor e alegoria, quase nenhuma fantasia, tudo é realidade, porém com mais alegria. Um dos blocos que a cada ano se torna mais tradicional é o Cordão da Zona que, como não poderia deixar de ser, concentra

Alegria, confete, folia e serpentina. "Embolada" de blocos no Carnaval 2016 de São João del-Rei

Impossível duvidar: o espírito do povo de São João del-Rei é barrocamente celebrativo e prova disto é o gosto das pessoas desta terra por manifestações coletivas que se concentram em largos e depois se arrastam pelas ruas, como por exemplo procissões, desfiles, cortejos, cordões e coisas assim. É por este espírito celebrativo que o Carnaval de São João del-Rei sempre ultrapassa os tradicionais três dias de folia e em 2016, mesmo sem o brilho insubstituível das escolas de samba, durará nada menos do que 18 dias, ou seja, mais do que duas e meia semanas de alegria. Serão 47 blocos na rua, com nomes tão sem noção que até se embaraçam nesta segunda embolada. Quer ver? Bora, à Zero Hora , tomar Birinight no Alambique , curtir Block'n Roll  até a Alvorada chegar , na maior e mais alucinada  Tacofolia ? Ora, esquece que você tem  Copo Sujo e Banda Mole , é Lesma Lerda e vive na lama do maior Pantanal .  Anima, vamos lá, Deixe o Mundo Girar  até ficar tonto, redondo, virar Ca

São Sebastião, mártir glorioso, é festejado de ponta a ponta em São João del-Rei

Engana-se quem pensa que as festas em homenagem a São Sebastião acontecem apenas no centro histórico de São João del-Rei, onde o "Guerreiro de Cristo", desde o início do século XVIII, tem altar na igreja do Pilar, é celebrado com uma novena e sai às ruas em procissão, no dia 20 de janeiro. No coração colonial são-joanense, ele também tem um nicho lateral ao altar-mor da Capela do Divino Espírito Santo e, ainda, em uma peanha do altar lateral direito da igreja das Mercês. Em outras partes da cidade, e até do município, o santo protetor contra a peste, a fome e a guerra também é querido e festejado. Um dos mais antigos distritos de São João del-Rei, por exemplo, chama-se São Sebastião da Vitória e certamente também realiza algum festejo em honra do santo, está presente no distrito do Rio das Mortes, em imagem no altar da igreja de Santo Antonio,  onde a beata são-joanense Nhá Chica foi batizada. E na urbana Paróquia de Matosinhos, a Comunidade de São Sebastião presta-lhe  

Em São João del-Rei, no carnaval 2016 o Rei Momo está quase nu. Sem capa, cetro nem coroa!

Se tem uma coisa que são-joanense legítimo não recusa é celebração. Talvez no barroco Livro do Gênesis de São João del-Rei, o sopro de ar e vida que Deus deu sobre o homem deste lugar, além de insuflar os pulmões, tinha halos de espetáculos, de teatralizações, alegorias, encenações, metáforas, símbolos, representações. Por isto a cidade é tão festeira e não perde a oportunidade de mover-se em procissões, cortejos e desfiles, principalmente se forem desfiles de escola de samba, com suas batucadas, foguetórios... Mas em 2016 não vai ter desfile de escola de samba em São João del-Rei o que, sem dúvida, é um imensurável retrocesso econômico-financeiro-cultural para uma cidade que precisa fortalecer seu destino turístico. Mas, mais do que isto, é uma mordaça e uma punhalada na alegria desta "terra querida e formosa". Se as instituições, sejam elas quais forem, ou todas elas juntas, não propiciaram ou se dispuseram a promover os desfiles, cabe aos cidadãos são-joanenses cui

Em São João del-Rei, janeiro é tempo do glorioso mártir São Sebastião

Estamos às vésperas da festa de São Sebastião, que começa amanhã com uma novena noturna, e toques de sinos ao meio dia, às três e às seis da tarde, na Matriz do Pilar. Em grande parte cantada pela Orquestra Lira Sanjoanense, com repertório composto por músicos são-joanenses especialmente para esta data, a novena (vídeo abaixo) se repete diariamente às sete da noite até o dia 19 - dia 20, consagrado ao santo a cerimônia é outra: uma procissão que sai pelo lado direito da Matriz à Hora do Ângelus e, ao som da Banda de Música, segue rumo ao Largo das Mercês, atravessa o Largo da Cruz, cruza o Largo do Carmo e retorna pela à Catedral, onde tudo termina com um Te Deum Laudamus. Guerreiro, São Sebastião vence e afasta para longe a "peste, a fome e a guerra", pelo que sua devoção é muito difundida em São João del-Rei desde a época em que surgiu o Arraial Novo de Nossa Senhora do Pilar do Rio das Mortes. Sua festa é das poucas que unem o erudito e o popular. Além da novena, pro

Em São João del-Rei, presépios são herança sentimental, ora se desbotando pelo tempo...

São João del-Rei é muito fiel às suas tradições, sobretudo àquelas espontâneas e singelas, impregnadas de emoções genuínas, ingênuas e desinteressadas. Em poucas palavras, às que expressam emoções simples e muito autênticas, impulsionadas por elos de cuidado, afeto e lembranças. Como por exemplo o Natal. Literalmente, à sombra da Serra do Lenheiro Jesus nascia em humildes presépios todo dezembro, tanto nas igrejas suntuosas igrejas quanto nas casas mais pobres, abrigado por grutas de papel armado ou estrebarias cobertas com palha ou capim, encimadas pela Estrela Guia, de cinco pontas e com sua curva calda, pendendo para a direita, ou pelo anjo celeste, com sua fita " Gloria in excelsis Dei ". Junto da manjedoura, além de José e Maria, alguns animais, pastores com seu mínimo rebanho e os três Reis Magos, que após o dia de Natal, pouco a pouco iam sendo aproximados do Menino, o que só acontecia de fato no dia 6 de janeiro. Nas casas, montar o presépio era uma solenidade.

Democratizar mais a cultura de São João del-Rei. Compromisso há 5 anos levado a sério!

Na impermanência do mundo atual, com suas transformações velozes e radicais, ofícios, funções, serviços, profissões, produtos, materiais, tecnologias, empresas, organizações, técnicas e até mesmo verdades seculares caem por terra a todo instante. Prova disto é que a cada dia instituições tradicionais fecham as portas e até mesmo, segundo dados estatísticos, poucas são as empresas que, recém-criadas, conseguem ultrapassar três anos de vida. Assim, para um veículo eletrônico voltado para temas de interesse específico e muito restrito, comemorar com jovialidade o 5º aniversário de existência é, sem dúvida, uma grande vitória. Diante disto, hoje é  dia de festa para o Almanaque Eletrônico Tencões e Terentenas que, há pouco mais de 3 horas, completou cinco anos de existência. O almanaque nasceu às 13h27min do dia 4 de janeiro de 2011, quando fez a primeira publicação, chamada Democratizar mais a cultura de São João del-Rei , ilustrada com a imagem acima. Nela, o almanaque já dizia a q