Se depender dos santos que são cultuados na cidade, os são-joanenses já moram no céu. Por todo lado se vê santos e anjos, alguns ostentando símbolos e insígnias, outros orando, cantando ou voando - todos sentenciando que o destino e a morada do homem é a felicidade.
Sem dúvida, é um número sem fim de devoções e seu culto ocupa praticamente todos os dias do ano, mas com o passar do tempo, muito está se perdendo. É mais fácil dizer que isto é culpa da televisão, da internet e de outras modernidades, mas a verdade é que este esgarçamento da memória muito se deve a um certo comodismo e desmazelo cultural e religioso dos pais, que não transmitem tanto aos filhos a força, a beleza, o significado, a importância e a riqueza destas tradições que são singulares, únicas mesmo de nossa cidade.
Uma destas devoções hoje bastante fragilizadas é a de São Raimundo Nonato, cuja data celebrativa de suas virtudes é 31 de agosto. Um dos escudeiros de Nossa Senhora das Mercês, é protetor dos aflitos, principalmente das que estão em perigo na hora do parto, pois ele nasceu após a morte de sua mãe, pouco antes de lhe dar à luz. Daí seu sobrenome Nonato, que significa não nascido como todos os homens.
Com sua capa vermelha, carregando na mão direita a palma com três coroas de ouro e na mão esquerda uma custódia, ele é um dos escudeiros de Nossa Senhora das Mercês e sai com ela em procissão no dia 24 de setembro, juntamente com São Pedro Nolasco.
Os devotos de São Raimundo Nonato o invocam com este responsório:
Se desejas no perigo
um auxílio poderoso
acha-lo-ás invocando
a São Raimundo glorioso.
Sempre benigno socorre
nos momentos dolorosos.
Às senhoras presta alívio
em seus partos perigosos.
Quem seu patrocínio implora
nunca será desprezado.
Seja Ele nosso Guia
que nos livre do pecado.
Rogai por nós, São Raimundo!
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Responsório e foto - https://www.facebook.com/arquiconfraria.dasmerces?fref=ts
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