Certamente bem poucos lugares celebram tão barrocamente as sete dores de Maria Santíssima como São João del-Rei. Aliás, é bem possível que, no mundo, nenhum outro, pois na 'cidade onde os sinos falam' o Setenário das Dores é singular: é um ritual de características próprias, estrutura litúrgica única e músicas compostas nos séculos XVIII e XIX por compositores locais, especialmente para a celebração.
É uma cerimônia tocante desde o início, quando a bicentenária Orquestra Ribeiro Bastos executa o "Domine ad adjuvandum", clamando a presença divina, e a Irmandade de Nosso Senhor Bom Jesus dos Passos adentra o templo dourado, com suas opas roxas. O altar-mor, antes fechado por uma grossa cortina, se abre mostrando a solidão de Nossa Senhora das Dores diante da cruz vazia, no são-joanense calvário. Nuvens de incenso perfumam e embaçam tudo, materializando uma ambiência de sonho.
O Setenário das Dores era um dos atos litúrgicos que o recém-falecido Padre Paiva mais gostava de celebrar, o que fazia com grande contrição, de modo comovente sem igual. Entretanto, consta que nos seus 60 anos de sacerdócio, certamente quase 50 à frente da Paróquia do Pilar, o monsenhor mais querido dos são-joanenses, por ser o celebrante, nunca proferiu os sete sermões que falam sobre as sete espadas de dor que transpassaram o coração da Virgem Dolorosa. O faria este ano, se estivesse vivo.
Mas nestas sete noites, Padre Paiva, amorosamente, fala das dores, angústias, amarguras e sofrimentos de Maria Santíssima, por meio dos sermões que deixou escritos e que são lidos no púlpito pelo pároco Geraldo Magela. E todos que estão na igreja, amparados na solidão de Nossa Senhora da Piedade, "sem seu Filho, nem vivo e nem ainda morto", em lembrança se encontram com aquele que tanto os ouviu e confortou, e que se foi no dia 3 de março passado.
Veja, no vídeo abaixo, alguns trechos do Setenário das Dores 2014, gravados por Luiz Fernando Zanetti.
É uma cerimônia tocante desde o início, quando a bicentenária Orquestra Ribeiro Bastos executa o "Domine ad adjuvandum", clamando a presença divina, e a Irmandade de Nosso Senhor Bom Jesus dos Passos adentra o templo dourado, com suas opas roxas. O altar-mor, antes fechado por uma grossa cortina, se abre mostrando a solidão de Nossa Senhora das Dores diante da cruz vazia, no são-joanense calvário. Nuvens de incenso perfumam e embaçam tudo, materializando uma ambiência de sonho.
O Setenário das Dores era um dos atos litúrgicos que o recém-falecido Padre Paiva mais gostava de celebrar, o que fazia com grande contrição, de modo comovente sem igual. Entretanto, consta que nos seus 60 anos de sacerdócio, certamente quase 50 à frente da Paróquia do Pilar, o monsenhor mais querido dos são-joanenses, por ser o celebrante, nunca proferiu os sete sermões que falam sobre as sete espadas de dor que transpassaram o coração da Virgem Dolorosa. O faria este ano, se estivesse vivo.
Mas nestas sete noites, Padre Paiva, amorosamente, fala das dores, angústias, amarguras e sofrimentos de Maria Santíssima, por meio dos sermões que deixou escritos e que são lidos no púlpito pelo pároco Geraldo Magela. E todos que estão na igreja, amparados na solidão de Nossa Senhora da Piedade, "sem seu Filho, nem vivo e nem ainda morto", em lembrança se encontram com aquele que tanto os ouviu e confortou, e que se foi no dia 3 de março passado.
Veja, no vídeo abaixo, alguns trechos do Setenário das Dores 2014, gravados por Luiz Fernando Zanetti.
Sobre o Setenário das Dores de São João del-Rei, veja também
http://diretodesaojoaodelrei.blogspot.com.br/2012/03/semana-santa-sao-joao-del-rei-2012.html
Comentários
Postar um comentário