Se no peito de São João del-Rei bate um sino, nos próximos dias - de 20 a 26 de maio - o coração são-joanense baterá como uma caixa de congado. O sangue correrá com o ruído de chocalhos e as cores suaves da devoção de Nossa Senhora ganharão mais vida e movimento, reverberarão em tons fortes nas fitas e papéis repicados que enfeitam os instrumentos, chapéus, roupas, estandartes e adereços dos congadeiros. É que a cidade será terreiro para o Encontro de Congadeiros das Vertentes.
Mas não serão apenas a música tocada e cantada, as orações negras de antigamente, as danças, passos e saudações do povo que veio da África que darão corpo ao evento. Uma vasta programação, composta por atividades informativas, formativas e culturais, mostrará como é forte a cultura negra em São João del-Rei. Como ela é parte do dia a dia, como está ligada às nossas origens histórico-culturais e mais: como a despeito da cyber-realidade está viva e marca o compasso da batida de muitos corações. Infantis, jovens, maduros, sábios.
Exposições, aulas, palestras, rodas de conversa, intelectuais, capitães de congado, congadeiros, artistas, cortejos. Tudo em memória daqueles que, trazidos de outro continente, como escravos, para este mundo novo da Terra de Santa Cruz, não cortaram o umbigo que os une ao centro da terra. Antes, neste território geográfico e mítico, cultivam seus ritos, alimento de esperança, certeza, alívio e fé, para que brotem sempre entre as flores do Rosário de Nossa Senhora, mãe do dia e da noite, do firmamento, do sol e da lua, das estrelas, do arco-íris e de todas as outras coisas que, mesmo sendo muito boas, no Céu e no Mundo não mais se vê.
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http://diretodesaojoaodelrei.blogspot.com.br/2011/05/13-de-maio-sao-joao-del-rei-teve.html
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Exposições, aulas, palestras, rodas de conversa, intelectuais, capitães de congado, congadeiros, artistas, cortejos. Tudo em memória daqueles que, trazidos de outro continente, como escravos, para este mundo novo da Terra de Santa Cruz, não cortaram o umbigo que os une ao centro da terra. Antes, neste território geográfico e mítico, cultivam seus ritos, alimento de esperança, certeza, alívio e fé, para que brotem sempre entre as flores do Rosário de Nossa Senhora, mãe do dia e da noite, do firmamento, do sol e da lua, das estrelas, do arco-íris e de todas as outras coisas que, mesmo sendo muito boas, no Céu e no Mundo não mais se vê.
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As caixas congadeiras são como um coração africano palpitando no Novo Mundo. Minas Gerais é o peito deste grande ser cultural, eivado de uma religiosidade antiga, profunda e verdadeira. Salve, salve, meus irmãos de Congo!!! Parabéns, Emílio, mais uma vez.
ResponderExcluirUlisses, irmão, vamos na busca do ontem procurar o caminho do amanhã. O Congado ensina. Grande abraço.
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