Se pela beleza, imponência e grandiosidade de suas igrejas os largos do Carmo e de São Francisco são os que, de imediato, sempre encantam, no mês de dezembro é para o Largo do Rosário, no abraço que dá à mais antiga igreja de São João del-Rei, que todos os sentidos se voltam.
O olhar, para ver o belo cenário, iluminado ou natural, coroado pela igreja do Rosário e ponteado por orgulhosos sobradões . Os ouvidos, para escutar a magia que causa arrepios a quem ouve os tencões, terentenas e floreados de Natal, assiste a novena barroca do Menino Jesus e presencia o Te Deum Laudamus cantado no crepúsculo do dia 25 de dezembro. O olfato, para aspirar o perfume das flores que enfeitam os altares e o cheiro do incenso queimado nas brasas dos turíbulos de prata trazendo o céu para o interior daquele templo, construído em 1719. O paladar, para perceber o sabor da hóstia consagrada, que no dia 25 se converte no próprio Jesus Menino, descido dos braços da virgem em visita a todos, na mesa da comunhão. O tato, para o aperto de mãos, para o abraço terno e generoso, para o afago de adoração na criança sagrada.
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