Há 131 anos, nas vésperas do dia 24 de abril, autoridades, clero, nobres, músicos, artífices, artesãos, artistas e o povo de São João del-Rei estavam todos extraordinariamente ocupados. Preparavam a cidade para receber a visita do imperador Pedro II, acompanhado de sua esposa, Teresa Cristina, e de numerosa comitiva.
Praças, largos e monumentos ganharam decoração extraordinária, condizente com a nobreza dos visitantes. Na Ponte da Cadeia, um torreão gótico. No Largo de São Francisco, um "arco do triunfo", mandado construir pelos médicos e farmacêuticos. Na entrada do solar do Barão de São João del-Rei, onde se hospedou Dom Pedro, na Rua da Prata, treze arcos de cetim e filó, confeccionados pelas delicadas mãos das damas são-joanenses.
Já no dia da chegada, o imperador respondeu à altura os agrados do povo são-joanense: visitou a Câmara Municipal, a Sociedade Filarmônica, a Biblioteca Municipal, a Santa Casa de Misericórdia e os hospitais de "alienados" e de "lázaros".
No dia seguinte, entre outros compromissos oficiais, conheceu as instituições locais de ensino, inaugurou o Grupo Escolar João dos Santos e encantou-se com o que viu nas barrocas igrejas de São Francisco de Assis e de Nossa Senhora do Carmo, conforme escreveu em sua caderneta de viagem.
Aliás, no Diário da Viagem a Minas, assim Dom Pedro II registrou sua impressão sobre o Solene Te Deum cantado em sua imperial homenagem, na noite de 25 de abril de 1881, na Matriz do Pilar: "Foi a melhor música que ouvi em Minas. Dizem que é do padre José Maria."
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