Ainda em memória ao 27º aniversário da morte do são-joanense Tancredo Neves, Tencões & terentenas relembra nesta postagem um dos mais belos poemas escritos para homenagear a saga do presidente eleito que, em 21 de abril de 1985, tomou posse no coração de todos os brasileiros.
Assinados por Ghiaroni, os versos foram publicados na edição histórica da Revista Manchete, que circulou nacionalmente no dia 26/04/1985.
Hoje eu canto uma cantiga
que parte do coração
com uma ternura imensa.
Cantiga para Tancredo
que nos libertou do medo,
que nos salvou da descrença.
Éramos tão sofredores,
tão grandes as nossas dores
e as alegrias tão breves.
Na própria terra, em degredo,
até que veio Tancredo,
Tancredo de Almeida Neves.
Com bravura e lealdade
ele falou a verdade
como há anos não se ouvira.
Verdade ressuscitada
para a geração cansada
de escutar tanta mentira.
Como ovelhas sem pastor
e crianças sem amor
já nem sonhávamos mais.
Mas eis que, ao peso da cruz,
vimos brilhar uma luz
vinda de Minas Gerais.
Era a luz da liberdade,
era nossa identidade
que encontrávamos de novo.
Nem os ódios nos consomem
no dia em que o povo
é um homem
e que um homem é o povo.
Rio Lenheiro que amei,
corre em São João del-Rei,
dá ouro, dizem que dá.
Podem jurar como eu juro
que dá o ouro mais puro.
Tancredo veio de lá.
Por isso, não choro, canto.
Sou cantiga em vez de pranto,
celebrando uma eleição.
Tancredo ao ser presidente
nos fez povo novamente,
novamente uma nação.
Deu-nos fé, fé brasileira
que é dom da terra mineira,
São João del-Rei, a lembrança,
a glória de uma cidade,
é São João da Saudade,
São Tancredo da Esperança!
Assinados por Ghiaroni, os versos foram publicados na edição histórica da Revista Manchete, que circulou nacionalmente no dia 26/04/1985.
Hoje eu canto uma cantiga
que parte do coração
com uma ternura imensa.
Cantiga para Tancredo
que nos libertou do medo,
que nos salvou da descrença.
Éramos tão sofredores,
tão grandes as nossas dores
e as alegrias tão breves.
Na própria terra, em degredo,
até que veio Tancredo,
Tancredo de Almeida Neves.
Com bravura e lealdade
ele falou a verdade
como há anos não se ouvira.
Verdade ressuscitada
para a geração cansada
de escutar tanta mentira.
Como ovelhas sem pastor
e crianças sem amor
já nem sonhávamos mais.
Mas eis que, ao peso da cruz,
vimos brilhar uma luz
vinda de Minas Gerais.
Era a luz da liberdade,
era nossa identidade
que encontrávamos de novo.
Nem os ódios nos consomem
no dia em que o povo
é um homem
e que um homem é o povo.
Rio Lenheiro que amei,
corre em São João del-Rei,
dá ouro, dizem que dá.
Podem jurar como eu juro
que dá o ouro mais puro.
Tancredo veio de lá.
Por isso, não choro, canto.
Sou cantiga em vez de pranto,
celebrando uma eleição.
Tancredo ao ser presidente
nos fez povo novamente,
novamente uma nação.
Deu-nos fé, fé brasileira
que é dom da terra mineira,
São João del-Rei, a lembrança,
a glória de uma cidade,
é São João da Saudade,
São Tancredo da Esperança!
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