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Mostrando postagens de dezembro, 2011

Fogos de poéticos artifícios anunciam Ano Novo em São João del-Rei

No universo da imaginação, a realidade pode ser sempre mais bela do que de fato é. Você já pensou como seria extraordinário se, à meia-noite deste sábado, 31 de dezembro, fogos de artifício explodissem em vários largos de São João del-Rei, escrevendo no céu estrelado, em dourado, diamante, esmeralda, azul, rubi, púrpura e prata, poemas sobre as esperanças que se renovam a cada Ano Novo? Sonhar não custa nada e no mundo dos sonhos isto é possível. Convidemos Carlos Drummond de Andrade para, com seus Poemas de Dezembro , nos guiar nesta encantada via sacra, pelo centro histórico de São João del-Rei. Ponte da Cadeia "Procuro uma alegria uma mala vazia do final de ano e eis que tenho na mão - flor do cotidiano - é voo de um pássaro é uma canção." (Dezembro de 1968) Largo da Cruz   "Uma vez mais se constrói a aérea casa da esperança nela reluzem alfaias de sonho e de amor: aliança." (Dezembro de 1973)   Escadaria das Mercês   "Depois de

Que em 2012 os anjos, iluminados, digam "Amém" à arte, à vida e à cultura em São João del-Rei

Dois mil e onze foi um ano próspero para a cultura de (e em) São João del-Rei. De janeiro a dezembro, das folias de Reis que alegram a cidade no primeiro mês do ano às comemorações natalinas, a cidade desenvolveu uma vasta, rica e complexa programação cultural nas mais diversas frentes - tão extensa e diversificada que é impossível descrevê-la neste espaço. Tudo com muita autenticidade, resgatando, preservando e mantendo o que precisa ser conservado, acrescentando tons contemporâneos quando não descaracterizam e constituem enriquecimento, abrindo novos horizontes culturais, novos olhares, novos caminhos para o saber. A arte a se firmar como fator de inclusão, não apenas social e econômica, mas também como elemento de re-ligação do homem são-joanense consigo mesmo, com seu mundo e com o " mundo, mundo, vasto mundo ", como falou Carlos Drummond de Andrade. Viu-se a arte e a cultura são-joanenses se expandirem, valorizando a etnicidade da formação cultural de São João del-Re

28.dezembro.1750. Exéquias de Dom João V, em São João del-Rei, ficaram para a história

Apesar do pouco tempo em que foram concebidas, preparadas e organizadas (apenas três dias), as celebrações das Exéquias de Dom João V em São João del-Rei assumiram tamanha importância e significado que se tornaram um livro, publicado em Lisboa em 1751, ou seja, pouco tempo depois de sua realização, em 28 de dezembro de 1750. Seu título, pela quantidade de palavras dava idéia de sua imponência, pretensão e grandiosidade:  Monumento do Agradecimento, Tributo da Veneraçam, Obelisco Funeral do Obséquio, Relaçam Fiel das Reaes Exequias que à Defunta Magestade do Fidelíssimo e Augustíssimo Rey o Senhor Nosso Dom João V dedicou o Doutor Mathias Antonio Salgado Vigario Collado da Matriz de N. Senhora do Pilar da Vila de São João del Rey offerecida ao Muito alto e Poderoso Rey Dom Joseph I, Nosso Senhor. Com nome tão extenso e autoria compartilhada entre o poeta Correia e Alvarenga e o vigário Mathias Salgado, a obra reunia poemas, mensagens, descrições e o sermão proferido nos dois ofícios

Quem puder, não perca. Sinfônica de São João del-Rei "toca" adeus 2011 - bem-vindo 2012!

Pela última vez, em 2011, os são-joanenses poderão assistir na próxima sexta-feira, dia 30, no Teatro Municipal, a um concerto da Sociedade de Concertos Sinfônicos de São João del-Rei. Sob regência do consagrado maestro Marcelo Ramos, os músicos executarão um repertório que mesclará conhecidos e contemporâneos compositores locais com grandes nomes da música universal. A Orquestra Sinfônica de São João del-Rei foi "inaugurada" no dia 6 de janeiro de 1930, materializando o ideal de unir músicos das várias orquestras são-joanenses e outros, independentes. Também era seu objetivo ter atuação de caráter social-beneficente. Com sede própria desde 1935, tornou-se muito apreciada pelas recorrentes montagens que fez das operetas A Viúva Alegre, o Conde de Luxemburgo, Sonho de Valsa e a Princesa das Czardas. Com participação de solistas de músicos da capital Rio de Janeiro, chegou a encenar, em 1964,  a ópera La Traviata. Até hoje suas apresentações são frequentes e repertório varia

28.Dezembro.1750. As poéticas, simbólicas e reais exéquias de D. João V em São João del-Rei

Nas reais exéquias de Dom João V, oficiadas em São João del-Rei no dia 28 de dezembro de 1750, além da música e da cenografia barroca, a poesia também foi utilizada como importante elemento artístico de sensibilização da sociedade colonial que se firmava às margens do Córrego do Lenheiro. No centro e no alto, em toda parte, a sombra da morte do "Fidelíssimo" monarca que emprestara seu nome à Vila elevada em dezembro de 1713 se destacava até em palavras escritas, em um idioma em muito desconhecido da população, em sua maioria analfabeta. O mausoléu construído e exposto na Matriz do Pilar para aqueles ofícios fúnebres tinha muitos poemas e inscrições em latim, falando principalmente sobre a morte e as "virtudes" do soberano morto em Lisboa. Conforme  a historiadora Júnia Ferreira Furtado, textos mostravam a estreita ligação entre o poder absolutista português e a Igreja, ao justificar que " o sol português da Majestade Augusta do Senhor Rei Dom João, o V, no se

28.dezembro.1750. Em São João del-Rei o dia virou noite, de tristeza pela morte do Rei Sol Português

Há mais de 260 anos, exatamente há 261, São João del-Rei foi protagonista de uma das três mais importantes celebrações acontecidas em Minas Gerais na primeira metade do século XVIII: as Solenes Exéquias d'El Rey Nosso Senhor Dom João V . Foi mais uma oportunidade para a Vila de São João del-Rei, assim batizada em homenagem ao monarca defunto, mostrar sua importância tanto para a metrópole quanto para as demais vilas mineiras, homenageando com inigualável pompa e luxo o falecido Rei Sol português. Dom João V faleceu em 31 de julho de 1750, mas a notícia de sua morte demorou cinco meses para chegar a Minas Gerais. As exéquias realizadas em São João del-Rei, na Matriz do Pilar, segundo a historiadora Júnia Ferreira Furtado, se comparam às celebrações do Triunfo Eucarístico (Vila Rica, 1733) e ao Áureo Trono Episcopal (Mariana, 1748). Pesquisando diversos autores, Júnia mostra que o ambiente criado envolvia e aguçava todos os sentidos utilizando as mais diferentes linguagens artística

São João del-Rei ouve em uníssono, há quase 200 anos, as Matinas do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo

Assim como as peças musicais que compõem a Novena do Menino Jesus, executadas nas nove noites que antecedem a Missa do Galo na igreja do Rosário, as Matinas do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo  são musicais marcas registradas do Natal de São João del-Rei. Tanto isto é verdade que elas fazem parte do repertório que as bicentenárias orquestras Lira Sanjoanense e Ribeiro Bastos executam nas missas celebradas no período que vai do Natal até a Epifania, ou seja, de 25 de dezembro a 6 de janeiro - Dia de Reis. Compostas pelo célebre Padre José Maria Xavier no século XIX, foram editadas em Munique em junho de 1885, na Alemanha, o que as torna singulares no universo da música oitocentista mineira, visto que, naquela época, não era comum no Brasil terem partituras graficamente impressas. Na época de sua criação, faziam parte de uma celebração própria - Matinas - como até hoje são oficiadas as Matinas do Ofício de Trevas e das Matinas de Vésperas de Nossa Senhora Morta. Já faz algum tempo as

Pastorinhas do Menino Jesus são a Estrela-Guia do Natal em São João del-Rei

 Em São João del-Rei, nas imediações da Ponte das Águas Férreas, os corações das meninas vizinhas de Dona Júlia Lacerda, a esta altura do mês de dezembro, já pulsam diferente. Deles, brota uma emoção mansa e rumorosa, tal qual o fio d'água que, cercado de areia branca, desce das Gameleiras e em algum lugar, não longe dali, vai se juntar ao Córrego do Lenheiro. Tal descompassado batimento nada mais é do que a emoção de fazer parte das Pastorinhas do Menino Jesus . O grupo foi criado improvisadamente e às pressas por Dona Júlia há 33 anos. Seu objetivo era imediato e solidário: arrecadar contribuições para ajudar uma família vizinha a reconstruir a casa, destruída por uma tempestade poucos dias antes do Natal de 1978. Começou percorrendo apenas as ruas mais próximas, no bairro do Tejuco. De lá desceu para a Ponte do Rosário, para o Largo de São Francisco, para a Rua da Matriz, para os lados do Pau d'Angá, da Bica da Prata, da Rua Padre Faustino, para todos os lugares onde a al

Tencão de Natal: sinos de São João del-Rei batem pulsando o Coração de Jesus

Por volta do meio dia do próximo sábado, dia 24 de dezembro, se ouvirá, em São João del-Rei, um dos mais belos e delicados toques de sinos da cidade - o Tencão do Natal. Executado simultaneamente em três sinos da torre esquerda da igreja do Rosário, dura aproximadamente vinte minutos e compreende quatro movimentos: o Tencão propriamente dito, as Nove, o Floreado e a Terentena. O Tencão do Natal é um toque sofisticado, pleno de significados, transmitidos pelos códigos sonoros elaborados pelos antigos sineiros de São João del-Rei, perpetuados, e mantidos pelos jovens que hoje se dedicam a "falar a voz do bronze".  Evoca tudo o que diz respeito ao nascimento do Senhor. As Nove, por exemplo, são nove pancadas espaçadas que fazem lembrar os nove meses da gestação. Movimentos trêmulos do Tencão (repique) sugerem o descompasso do coração de Jesus e de toda criança quando se movimenta para deixar o ventre materno. O Floreado ilustra a alegria de quem vem ao mundo e, encantado, vê a

Anjos morenos sobre São João del-Rei anunciam barrocamente "Gloria in Excelsis Dei"

Hoje, em diversos horários, os sinos da igreja do Rosário anunciarão com devoção e alegria: o Natal, no seu sentido original e verdadeiro, já caminha pelas ruas, becos e largos, já se acolhe em presépios nas casas, já pulsa feliz de esperanças no coração do povo de São João del-Rei. Às sete da noite, quando o céu ainda estiver azul, começará a Novena do Menino Jesus. Esta novena é celebração barroca delicada. Realizada na igreja do Rosário - a mais antiga de São João del-Rei, construída por (e para ) os escravos - é obra musical do século XIX, executada pela Orquestra Lira Sanjoanse, uma das mais antigas corporações musicais do mundo, fundada nos anos setecentos e em ininterrupta atividade. Pouca gente sabe, mas em São João del-Rei, as irmandades dividem, entre si, a responsabilidade de realização das grandes festas da Igreja. As celebrações do Natal, por exemplo, cabem à irmandade do Rosário e constam de cinco atividades: novena, toque do Tencão do Natal nos sinos da igreja, a mais

Velhas, fantásticas e assustadoras estórias ganham vida e viram realidade em São João del-Rei

Esta semana, por duas vezes, o universo fantástico das estórias que desde fins do século XVIII amedrontam crianças e crédulos de São João del-Rei, por algumas horas noturnas, invadirá o centro histórico da cidade. É o espetáculo Lendas São-Joanenses . Sacrílegos, bisbilhoteiras, capatazes, chicotes, coronéis devassos, cruéis capitães do mato, punhais, piedosos sacerdotes, segredos, mães devotadas, esposas cruéis, corações de escrava, cadáveres transmutados pelo Diabo, encontro com as Almas, visita dos mortos. Tudo isto ganhará lugar no início da noite desta quarta-feira (14/12) e do dia 17, acontecendo em cortejo que percorrerá o Largo do Rosário, Rua Santo Antonio, escadaria da Matriz do Pilar, Solar da Baronesa, Largo da igreja do Carmo e portão do Cemitério da mesma igreja. Entre uma e outra encenação, explicações históricas e pitorescas sobre a paisagem colonial e as origens de São João del-Rei. O espetáculo Lendas São-Joanenses dá vida a várias estórias que há mais de dois sé

Em São João del-Rei, sino que não se comunica, se trumbica!

Há dois anos, exatamente no dia 3 de dezembro de 2009, São João del-Rei recebeu uma boa notícia, há muito esperada: o tocar dos sinos de nossas bicentenárias igrejas foi finalmente reconhecido pelo Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN como patrimônio imaterial brasileiro. Passou, assim, a integrar a pequena lista dos bens culturais imateriais classificados como riqueza cultural de nosso país. Como se trata de uma valiosa conquista para a cultura e para a memória de São João del-Rei, pelo que representa em termos de salvaguarda, preservação, divulgação e difusão de expressão tão peculiar de nossa terra, data e fato não podem ser esquecidos. Ao contrário, precisam ser sempre lembrados, pois os toques dos sinos tão incorporados estão ao cotidiano são-joanense que muitos da terra, tão ordinariamente acostumados aos seus ritmos e  sonoridades, neles não percebem mais nada de excepcional. Pouco a pouco a linguagem dos sinos de São João del

Mais uma vez a Música invade São João del-Rei

 Mais de 20 espetáculos musicais  - populares e eruditos, sacros e profanos, grandiosos e singelos - para celebrar a vitória sobre 2011 e criar um clima divino e inspirador para receber, dignamente, 2012. Assim corre, festivamente, o mês de dezembro em São João del-Rei. Concertos sinfônicos e de bandas de música, recital de órgão de tubos setecentista, toques de sino, corais, música popular, serestas, novenas barrocas, serenatas, folias de reis e Pastorinhas - tudo isso mostra como pulsa vibrante a musicalidade de São João del-Rei, nos largos, nas praças, nos museus, nos teatros, no coreto, nas igrejas, nos bares, enfim em toda parte. De Matosinhos ao Tejuco. Do Bonfim ao Senhor dos Montes. Musicalidade tão presente, 24 horas por dia, faz são-joanenses, convictos e orgulhosos, pensarem: No meu peito bate um sino!

Parabéns, São João del-Rei, na voz de seus sinos!...

No entardecer do dia em que São João del-Rei completa 298 anos de sua elevação à categoria de vila, quando a população são-joanense se prepara para acompanhar a barroca padroeira Nossa Senhora da Conceição pelas ruas seculares de pedra e flores, extasiar-se com a iluminação de Natal e com concerto sinfônico à sombra da lua cheia no Largo de São Francisco, o almanaque eletrônico Tencões & terentenas saúda a terra onde os sinos falam na linguagem que é só dela: toques mágicos - angelus, agonia, batucadinha, canjica queimou, chagas, chamadas, cléns, cinzas, floreados, matinas, nove, pé de galinha, principiada, tencões, tens-tens, trevas, terentenas, vésperas e muito mais - vindos do alto das torres do magistral templo riscado pelo genial Aleijadinho. Parabéns, São João del-Rei... Não deixe de assistir o vídeo acima!

Lembranças de antigos oito de dezembro em São João del-Rei

Desde que em 1713 o Arraial Novo de Nossa Senhora do Pilar do Rio das Mortes foi elevado à categoria de Vila, recebendo o título de São João del-Rei, em homenagem ao rei-sol português Dom João V, no dia 8 de dezembro, vários fatos importantes ali foram realizados nesta data, para lembrar acontecimento tão especial. Oito de dezembro de 1713 está para São João del-Rei assim como 22 de abril de 1500 está para o Brasil e a Carta de Pero Vaz de Caminha da cidade nada mais é do que o Auto do Levantamento da Vila de São João del-Rei, divulgada no post de ontem. Avancemos no tempo e nos fatos... Duzentos e vinte e nove anos após a criação da Vila de São João del-Rei, no mesmo dia 8 de dezembro, em 1942, foi inaugurada no alto do Senhor dos Montes a escultura do Cristo Redentor - um dos mais importantes marcos geográficos locais e elemento  artístico consagrado na cidade. A obra foi executada na Itália pelo diretor da Academia de Belas Artes de Petrossanto, Nicola Arrrighini, sobre projeto

Presépio da Muxinga: o Natal per saeculum saeculorum de São João del-Rei

Ainda profetizam, os desesperançados, que São João del-Rei perde, a cada dia, um fiapo de sua memória. Não é bem assim; a realidade tem mostrado outra coisa. Prova disso é que o mais antigo, engenhoso e delicado brinquedo da cidade, a partir da próxima sexta-feira, dia 10,  novamente estará funcionando - e para sempre - no local onde foi montado pela primeira vez e funcionou durante décadas: um sobradão antigo, na esquina da Muxinga. Ali poderá ser visitado durante todo o ano, nas tardes dos sábados, domingos, feriados e dias santos. Todas as figuras e engenhos foram restaurados e estão novinhos em folha, pela ação cidadã do são-joanense José Imbroisi. A pequena reforma do prédio também viabilizou-se por meio de colaborações. O Presépio da Muxinga foi criado em 1929 pelos irmãos Teixeira. Nele, carrossel infantil, lavadeiras, ferreiros, passadeiras, animais domésticos, trem de ferro, enfim o mundo urbano são-joanense do começo do século XX, circundam em movimento uma igreja barroca.

São João del-Rei, 1713 / 2011. Eis a Certidão de Nascimento da quarta vila criada em Minas Gerais

O sol que anunciou em alvorada o amanhecer do dia 8 de dezembro de 1713 iluminou também uma nova era para o Arraial Novo de Nossa Senhora do Pilar do Rio das Mortes. Naquela data, o movimentado e próspero aglomerado urbano que desde 1703 se formara à sombra da Serra e às margens do Córrego do Lenheiro, tendo se recomposto do incêndio que assinalara o fim da sangrenta e cruel Guerra dos Emboabas, foi elevado à categoria de Vila. Seu nome, São João del-Rei, em homenagem a El-Rey Nosso Senhor Dom João V. Nascia ali, assim, a quarta vila do ouro das Minas Gerais, conforme o Auto de Levantamento da Vila de São João del'Rey , lavrado naquela data: "Anno do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil sete centos e treze annos, aos oito dias do mez de dezembro do dito anno neste Arraial do Rio das Mortes, onde veiu por ordem de Sua Majestade, que Deus Guarde, Dom Braz Balthazar da Silveira, Mestre de Campo General dos seus exércitos, Governador e Capitão Geral da Cidade de São

São João del-Rei, principalmente em dezembro, é cidade presépio

 Apesar do aumento diário de automóveis e motocicletas nas ruas tortas e estreitas, que deixa o trânsito caótico principalmente na área comercial, e do crescimento de uma população mutante formada por estudantes universitários que chegam em busca de conhecimento e saber (o que dá à cidade um certo ar desenvolvimentista, cosmopolita) - São João del-Rei ainda possui cantos e recantos urbanos bucólicos e poéticos. Neles, parece até que o tempo parou, que a cidade é parte de um presépio. E é. Aliás, de um não. Em dezembro de 2011, São João del-Rei é parte de quatro presépios, espalhados em espaços nobres do centro histórico. Comecemos pelo mais antigo, o da Muxinga. Criado e confeccionado em 1929 pelos quatro irmãos Teixeira, pela magia do Natal dá vida e urbanidade a pequenos personagens de madeira e lata que há mais de oito décadas se movimentam primitivamente, encantando a infância são-joanense. O Presépio da Muxinga fica exposto em um casarão antigo, nos fundos da Matriz do Pilar, n

Presidente da República cantou parabéns para São João del-Rei

Há exatos 48 anos, no dia primeiro de dezembro de 1963, São João del-Rei amanheceu alegremente ruidosa. Como aqui é costume nas datas especiais, a cidade acordou com uma alvorada festiva, abrindo as comemorações do 250º aniversário da elevação do Arraial Novo de Nossa Senhora do Pilar do Rio das Mortes à categoria de vila, com o nome de São João del-Rei. Homenagem ao Rei Sol Português, Dom João V, o fidelíssimo e freirático monarca. Todas as bandas de música civis do município tocaram em uníssono, logo aos primeiros raios da manhã. Consta que naquele dia, na antiga Avenida Rui Barbosa, hoje Avenida Tancredo Neves, foi inaugurado um temporário Arco do Triunfo, marcando a efeméride ao modo das grandes cidades européias, como Paris, Madrid, Brandemburgo e outras. Para completar, à noite, as mais importantes ruas do centro histórico receberam ornamentação temática, ressaltada por iluminação colorida, tudo desaguando na Ponte da Cadeia, que é um dos mais importantes símbolos são-joanense